"Vem aí a TSU dos idosos", acusa Seguro

Secretário-geral do PS afirma que socialistas estão contra medida que alarga incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade. E defendeu que o défice deve aumentar 0,2 por cento.
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António José Seguro defendeu hoje que o Governo se prepara para aplicar a "TSU dos idosos", ao referir-se ao anúncio da medida de alargamento da base de incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), que poderá atingir as pensões a partir dos 900 ou mil euros.

O líder socialista apontou, à saída de uma reunião com a Cáritas Portuguesa, que "pode acomodar-se o défice em 0,2%", apontando o facto deste valor ser "uma gota de água" no défice "comparado com os 100 ou 200 euros no bolso de um reformado".

"A nossa posição é muito simples: É necessário parar com a austeridade. Isso significa que se pode acomodar em 0,2% o défice para o próximo ano", explicou, sinalizando que "vem aí a TSU sobre os idosos", que o vice-primeiro-ministro Paulo Portas tinha dito não poder aceitar.

Comentando o aumento da incidência da CES e das contribuições para a ADSE, para contornar o chumbo da convergência das pensões dos funcionários públicos pelo Tribunal Constitucional, Seguro ironizou, dizendo tratar-se de "meias medidas, uma vez que o Governo apenas manifestou a intenção, sem concretizar os pensionistas e beneficiários da ADSE que serão afetado.

Sobre o facto de Cavaco Silva não ter enviado para o Tribunal Constitucional o Orçamento para 2014, o líder socialista lamentou. "Devia tê-lo feito de forma preventiva porque mais vale prevenir que remediar." E repetindo a informação que o PS se prepara para enviar um pedido de fiscalização sucessiva para os juízes do Palácio Ratton. "Estamos a trabalhar em duas normas em concreto, uma sobre pensões, outra sobre salários", revelou.

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